Nas muitas horas por dia que passo em frente ao computador
faço alguns "zappings facebookianos". Servem para fazer pausas, para
me abstrair ou pelo menos tentar. Não sou muito, ou quase nada,
de partilhar estados. O que fiz, estou a pensar ou vou fazer, ou se preciso
disto ou daquilo. Ainda prefiro fazê-lo "à moda antiga" que é mesmo
falar e partilhar tudo isso fisicamente, ou via telefone. Não critico quem o
faça, são posturas e formas de estar, no século XXI, e cada um tem a sua.
Nestes meus momentos, acontece-me muitas vezes apetecer-me entrar pelo écran adentro e esbofetear certas e determinadas pessoas. Mas não só, em seguida punha-lhes pimenta na língua, ou neste caso algo que fizesse arder não a língua, mas os dedos. Um “ácidozinho” qualquer.
Nestes meus momentos, acontece-me muitas vezes apetecer-me entrar pelo écran adentro e esbofetear certas e determinadas pessoas. Mas não só, em seguida punha-lhes pimenta na língua, ou neste caso algo que fizesse arder não a língua, mas os dedos. Um “ácidozinho” qualquer.
Esta semana, mais precisamente na noite do festival da
canção, aconteceu um desses momentos. Este é um dos três temas de momento, ao qual
também não consegui ficar indiferente. Estou a falar obviamente do Salvador.
Muito mais que a canção que apenas ouvi, pela primeira vez,
nessa noite, muito, mas muito mais que ela, assim que bati os olhos, há umas
semanas atrás, no Salvador reconheci-o imediatamente como "um dos
meus". Alguém dotado de uma extrema sensibilidade. Simples. Genuíno. Puro.
Só por isso já é um ser humano de extremo valor não só para Portugal, como para
o Mundo, que precisa desesperadamente de seres verdadeiramente Salvadores.
E, por isso, choca-me continuar a ler comentários de pessoas
que acham que têm que partilhar estados de alma e opiniões jocosas, disfarçadas
de tentativas de humor inteligente. O que interessa aqui se fez isto ou aquilo,
a roupa, o cabelo, os gestos?! Até porque, tudo o que vi, para mim, estava
perfeito, na medida em que o resultado final foi o que se viu. Brilhante.
Isto leva-me sempre à triste conclusão de que não temos um
país pequeno. Temos é um país onde há muita, demais, gente pequena. Pequenina,
mesmo. Que diz mal só porque sim, sem olhar a consequências. Porque nunca faz
algo que se chama- Colocar-se no lugar do outro. Pergunto, e se fosse com alguém da família? Um amigo, um sobrinho,
um filho?? Gostariam? Ah, pois aí já mudaria tudo de figura...
Portanto, se eu mandasse, e uma vez que a liberdade de
expressão é algo que faz mal a muita gente, o facebook teria um algoritmo
criado especialmente para os portugueses. Ou seja, por cada comentário deste género,
quem o fizesse, ficaria uma semaninha, ou três dias vá, bloqueado. Assim, sem
puder dizer um ai ou fazer sequer um “likezinho”. Nada. Zero. Para desintoxicar...
Quanto ao Salvador, que é quem interessa aqui, para além de
ter posto um país inteiro a vibrar com um festival da canção, falo por mim que
já não via um desde pequena, já é um vencedor, independentemente de amanhã
ganhar ou não. Por tudo o que é, e porque a letra e a música são e provocam tudo isto:
"Não consigo deixar de me sentir abraçada por esta canção, interpretada
com uma ternura capaz de aquecer qualquer coração mais frio".
Neste momento estou e pela primeira vez, na vida, a ansiar
por um festival da canção, logo que chegue amanhã à noite, já que este é, dos
três acontecimentos agendados em Portugal para o dia 13 de Maio, o único que realmente me fará vibrar.
Parabéns, és verdadeiramente |um| grande Salvador ♥!
Imagem © Direitos reservados
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