SE A BABI MANDASSE #7

Nas muitas horas por dia que passo em frente ao computador faço alguns "zappings facebookianos". Servem para fazer pausas, para me abstrair ou pelo menos tentar. Não sou muito, ou quase nada, de partilhar estados. O que fiz, estou a pensar ou vou fazer, ou se preciso disto ou daquilo. Ainda prefiro fazê-lo "à moda antiga" que é mesmo falar e partilhar tudo isso fisicamente, ou via telefone. Não critico quem o faça, são posturas e formas de estar, no século XXI, e cada um tem a sua.

Nestes meus momentos, acontece-me muitas vezes apetecer-me entrar pelo écran adentro e esbofetear certas e determinadas pessoas. Mas não só, em seguida punha-lhes pimenta na língua, ou neste caso algo que fizesse arder não a língua, mas os dedos. Um “ácidozinho” qualquer.

Esta semana, mais precisamente na noite do festival da canção, aconteceu um desses momentos. Este é um dos três temas de momento, ao qual também não consegui ficar indiferente. Estou a falar obviamente do Salvador.

Muito mais que a canção que apenas ouvi, pela primeira vez, nessa noite, muito, mas muito mais que ela, assim que bati os olhos, há umas semanas atrás, no Salvador reconheci-o imediatamente como "um dos meus". Alguém dotado de uma extrema sensibilidade. Simples. Genuíno. Puro. Só por isso já é um ser humano de extremo valor não só para Portugal, como para o Mundo, que precisa desesperadamente de seres verdadeiramente Salvadores.
E, por isso, choca-me continuar a ler comentários de pessoas que acham que têm que partilhar estados de alma e opiniões jocosas, disfarçadas de tentativas de humor inteligente. O que interessa aqui se fez isto ou aquilo, a roupa, o cabelo, os gestos?! Até porque, tudo o que vi, para mim, estava perfeito, na medida em que o resultado final foi o que se viu. Brilhante.

Isto leva-me sempre à triste conclusão de que não temos um país pequeno. Temos é um país onde há muita, demais, gente pequena. Pequenina, mesmo. Que diz mal só porque sim, sem olhar a consequências. Porque nunca faz algo que se chama- Colocar-se no lugar do outro. Pergunto, e se fosse com alguém da família? Um amigo, um sobrinho, um filho?? Gostariam? Ah, pois aí já mudaria tudo de figura...

Portanto, se eu mandasse, e uma vez que a liberdade de expressão é algo que faz mal a muita gente, o facebook teria um algoritmo criado especialmente para os portugueses. Ou seja, por cada comentário deste género, quem o fizesse, ficaria uma semaninha, ou três dias vá, bloqueado. Assim, sem puder dizer um ai ou fazer sequer um “likezinho”. Nada. Zero. Para desintoxicar...

Quanto ao Salvador, que é quem interessa aqui, para além de ter posto um país inteiro a vibrar com um festival da canção, falo por mim que já não via um desde pequena, já é um vencedor, independentemente de amanhã ganhar ou não. Por tudo o que é, e porque a letra e a música são e provocam tudo isto: "Não consigo deixar de me sentir abraçada por esta canção, interpretada com uma ternura capaz de aquecer qualquer coração mais frio".

Neste momento estou e pela primeira vez, na vida, a ansiar por um festival da canção, logo que chegue amanhã à noite, já que este é, dos três acontecimentos agendados em Portugal para o dia 13 de Maio, o único que realmente me fará vibrar.

Parabéns, és verdadeiramente |um| grande Salvador ♥!


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