mo·ra·da- Casa de habitação; Lugar onde se mora ou permanece; Lugar em que uma coisa está habitualmente; Conjunto de indicações, geralmente escritas, que identificam determinado local ou habitação.
Domicílio; Residência; Direcção; Endereço. Sinónimos de algo que, desde o início dos tempos, temos necessidade de ter. Algo a que, independente da sua forma, constitui um espaço físico. Ou pelo menos, em primeira instância nos parece ser [só] assim.
Lugar ao qual regressamos vezes sem conta. Lugar que pode ser mais que apenas um espaço. Lugar que pode ser e é algo mais do que visível. Este “onde uma coisa está habitualmente” provoca-nos um certo tipo de sentimento, independente de ser a primeira ou a vigésima vez que lá entramos. Este sentimento faz-nos vivenciar algo, que também desde os primórdios do tempo temos fome de sentir. O de pertença “a”. A “pertença a” é o real sentimento que nos faz sentir na nossa morada. E, chamá-la dessa forma. Neste lugar, ao contrário de uma casa física, não existem divisões nem espaços livres, mas sim apenas laços. Laços de pertença. Laços que nos fazem querer chegar, estar e ficar. Seja em que morada for.
Das emoções mais estruturais que podemos ter e daí ser[nos] tão fundamental. É aquilo que, quando sentimos, tem o poder de afastar a mais profunda das questões existenciais. “Lá”, na nossa morada, seja diariamente ou não, temos todas as respostas. ➸ [Simples assim].
"É o que o espaço nos dá e não tanto a quem, na realidade, pertence".
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