PRINCÍPIO DA SEMANA #186

con·gra·tu·lar - Felicitar, apresentar congratulações a; Regozijar-se (com o bem alheio); Felicitar.

À semelhança de tantas outras, reconhecer, elogiar, congratular deveria ser uma prática diária. Não é. Em muitos casos, não somos sequer educados para a desenvolver. Entre o sentido critico e o elogio parece existir uma enorme distância. Ambos não custam absolutamente nada, mas parece que congratular está reservado apenas a determinados dias e eventos. 

Não há nada que nos aniquile ou eleve mais do que criticas, ou reconhecimentos, pois todos temos uma “fome” em comum, a de reconhecimento. O sentimento de importância é das principais características que distinguem o reino humano do reino animal. Precisamos de nos sentir importantes, nem que seja para uma única pessoa, no mundo. É também este sentimento que, em grande parte, determina o nosso carácter, pois a forma como o vamos conseguir diz muito sobre quem somos. 

Sendo o acto de congratular a maior fonte de motivação que podemos dar aos outros e também a nós, não deixa de ser algo inexplicável não o fazermos “a toda a hora”. Congratular uma acção, um gesto, uma atitude, um comportamento, tem um efeito imediato e único na auto-estima. Algo de instantâneo. Tal como um Red Bull é um "combustível" poderosíssimo, dá-nos asas.

Algo que pode mudar a vida a uma pessoa, num segundo e que [me] parece fazermos tão pouco. Os motivos são vários, mas diria que o principal é darmos muito do que se passa à nossa volta, como garantido. Coisas, pessoas, relações. O nosso presente, que sentimos como futuro garantido. 

Acredito que devemos trabalhar sempre por uma causa e que, também, não deveremos deixar para amanhã o reconhecimento que podemos fazer hoje. Seja ele dirigido a alguém ou à nossa pessoa. ➸ [Simples assim].

"Se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz". (O Principezinho)

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