PRINCÍPIO DA SEMANA #177

Janeiro. Dia dois. Dois que, na verdade, nos parece um. Balanços do ano, que passou, feitos ou quase é dia de voltar a rotinas e a tudo o que isso envolve e, apesar do cinzento do dia, cheios [as] de vontade[s] e de sorrisos interiores e/ou exteriores, prontos para tudo o que este 2018 nos vai trazer. 

Passamos a vida a senti-lo, mas desejar é algo muito propício e que sentimos, mais intensamente, nestas últimas semanas e primeiros dias de um novo ano. Queremos, muitas novas coisas logo que, muitos ou todos, os nossos desejos se transformem em realidade. A nossa realidade.

Desejar é-nos tão natural como o sentir. Desejamos. Coisas. Objectivos. Metas. Pessoas. Precisamos de o sentir. Seja qual for a sua forma. A vontade de algo, o apetite por.

Desejar tem um significado muito forte. Pessoalmente, gosto da sua força e considero que querer é uma coisa, mas desejar é algo de diferente. Mais forte. Há sempre aquele desejo, que queremos mais que tudo, acima de tudo. Aquele desejo tão nosso, que vem tão de nós, que está sempre cá e que não "se cala".

Mais ou menos ao nosso alcance, seja que tipo for, desde os mais simples aos mais complexos, os desejos têm de estar sempre presentes, em nós. Porque nos são importantes. Porque nos fazem traçar metas. Porque nos fazem traçar objectivos. Porque nos fazem sentir. Porque, sobretudo nos fazem sentir vivos. E, se há coisa que precisamos, principalmente no início de um ano, é de tudo isto. 

Mesmo que estes desejos nos causem inúmeros desconfortos, pontos de interrogação e questões internas, o desejar aponta-nos uma direcção. Pode não ser a certa, ou a que supostamente deveria ser. Pode. Mas, assim como determinados momentos que acontecem quando menos esperamos, a vida tem uma maneira, muito única, de nos levar para o sítio onde devemos [verdadeiramente] estar. E, muitas vezes, tudo começa com um simples desejo.