en·cai·xar -(en- + caixa + -ar)- Meter em caixa ou no encaixe; Meter umas coisas dentro de outras; Trazer à balha; Ter o seu encaixe em; Entrar no encaixe; Vir a propósito; Quadrar, convir; Agradar; Adaptar-se, ajustar.
Dia 26 de Dezembro. O dia ‘after’
Natal. Dia de descanso para alguns; “Dia internacional das trocas"; Dia de
início 'oficial' de promoções; Dia em acaba a loucura e euforia, em volta da
época natalícia, e por isso de alívio, para muitos; Dia em que começamos “oficialmente”
a perspectivar e a pensar nos novos 365 dias, que estão mesmo prestes a começar
e em toda uma [nova] agenda por preencher.
Saímos de um período em que “embrulhamos
sentimentos”, em laços, caixas e sacos bonitos, para tentar encaixar tudo o que
aconteceu no último ano. Saímos de um período, dias, horas, em que ficamos em pause
directamente para um de play e para um rewind, seguido de uma enorme vontade de
“carregar” no fast forward.
Introspecção, angústias, medos,
congratulações, uma mistura que envolve sobretudo muita retrospectiva, e por
isso encaixar, nesta semana, adquire um estatuto algo imperativo dentro de nós.
Analisamos e pensamos em todo um ano, que passou, em tudo o que aconteceu, o
que conseguimos e também o que não aconteceu e que não conseguimos. Tudo o que
de importante fizemos, o que ganhámos, o que perdemos. O feito e o sempre tanto, ainda, por fazer. Olhamos física ou mentalmente para a nossa lista de
objectivos, para 2017 e fazemos vistos. No final, olhamos para tudo o que não
'levou visto'. Alguns porque, ao longo do tempo, foram perdendo sentido, alguns
tiveram de ser adiados, alguns, por motivos que agora começamos a encaixar,
riscados da lista. A divisão é feita ao mesmo tempo que pensamos na
próxima lista a fazer. A de 2018. Tentamos, em seis dias, encaixar tudo o que temos
e tudo o que [nos faz] falta e que portanto queremos [ter]. Tudo o que não encaixa, e tudo o que sabemos encaixar,
na perfeição, para nós.
Os últimos dias do ano, quer queiramos quer não, adquirem
sempre um estatuto de preparação para todo um novo mês, que nos é imposto por
um calendário. Janeiro.
Acredito que, no meio e algures nesta semana de balanços, devemos
olhar para os nossos ganhos e as perdas sem filtros, ou lentes de qualquer cor.
Se conseguirmos analisar o que passou e aconteceu, de uma forma ou de outra, acaba
por encaixar. E, reter que há sempre muito [de bom] para fazer, e sobretudo muita
paixão por viver e sentir e que o "o ano não vai ser novo se formos os
mesmos" ➸ [Simples assim].
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