ANORAQUE [O CASACO QUENTE, IMPERMEÁVEL E COM CAPUZ]


O ano passado e em plena semana de Natal, tive como árdua tarefa encontrar um casaco deste género, em mostarda, numa sessão de shopping em que era apenas esse o objectivo. Acabou por não ser assim tão árdua pois, “por sorte,” encontrei logo um, na primeira loja que entrei. Os anos e a experiência, nestas andanças, também servem para isso mesmo. Ainda assim, percorri todo o restante Colombo para me certificar de que não existia mais nenhum, nesta cor específica. Mas não. Era exemplar único e nem sequer parecido encontrei. Serve esta introdução para dizer que, o que o ano passado poderia ser difícil de encontrar este ano será difícil mas é de escolher. Os anoraques/parkas/kispos estão em força, este Inverno, e se alguma dúvida tinha deixei de a ter, ao ver esta montra. Inteira e repleta em que são a peça estrela.

Esta é mais uma das muitas tendências que surgem e que, na minha opinião, são muitoooo perigosas. A começar porque se enquadram na categoria “a pessoa acaba por comprar”, dada a enorme oferta. Apesar de só de olhar apetecer logo lá entrar e ficar, dado que são peças super quentes e confortáveis, assegure-se, quem as veste, de que terá, ou neste caso parecerá ter, uns bons quilos a mais. Perigosa, também, porque tem de ser muito bem coordenada. Para além de quilos a mais, é um tipo de casaco demasiado informal e desportivo, que dada a sua composição e o facto de fazer desaparecer qualquer cintura, facilmente pareceremos uns enchidos ambulantes ou um saco-cama, sobretudo se forem até ao joelho.

Deselegantes por natureza, o seu uso é, na minha opinião, apenas justificável na Serra da Estrela e afins. Não temos temperaturas, na cidade, que os justifiquem e é para isso que existem os trench coat, para a chuva e os sobretudos, para o frio. Desempenham o seu papel e são símbolos e peças que, no extremo oposto aos anoraques, dificilmente não darão elegância a quem os veste.

Pessoalmente, nunca gostei nem vesti nenhum. Nem, mesmo, quando era adolescente, na altura em que ter um 'duffy' era o supra- sumo do estilo. Sempre lhes chamei os “Casacos à boneco Michelin”, [porque será?... ]. Mas e como não há regra sem excepção, até não detestei estes da C&A. Gosto dos tons pastel, não muito comuns em anoraques/parkas/kispos, e são os mais leves, finos e cintados em que pousei os olhos, até hoje. A convencer seria um deles, mas ainda assim só para usar em sítios muito específicos. 

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