SE A BABI MANDASSE #3

Uma das "minhas" frases e máximas de vida é que o menos é (sempre) mais. Aplica-se em várias coisas, desde as mais às menos profundas e que aqui "assenta que nem uma luva". 

Sou pessoa de toque logo de mãos. É das primeiras cinco coisas que reparo em alguém. Seja homem ou mulher. Tenho uma característica, que do que já apurei com a minha Mãe já deve ter mesmo nascido comigo, pois sempre foi notório, para ela- Não suporto (ter) unhas. Ou seja e explicando melhor, jamais usei qualquer mm de unha, nos meus dedinhos das mãoes ou pés. Penso que será seguro dizer, apesar de não gostar, da palavra, que nunca usarei. As minhas unhas estão o mais cortadas e limadas, humanamente possível. Sou o pesadelo da "minha Solange", que "coitada", já desistiu, há muitos anos e aceitou que é normal ter quase que fazer pontaria para mas conseguir pintar.

Aceito que em certas mulheres até não fica mal pois também tem de se analisar o tipo de dedos, em si, mas gostar nunca gosto. Para mim, quanto mais simples estiverem mais bonitas e elegantes são, umas mãos de uma mulher. Portanto os fenómenos que têm acontecido nos últimos anos, em relação a esta temática, são algo que não me tem passado em branco. De repente, já ninguém faz manicura normal, "espécie, mesmo, em vias de extinção", está démodé, e o gel, acrílico, brilhantes, unhas diferentes entre si, etc... "tomaram conta disto tudo". Todo um mundo novo após décadas em que muitas mulheres nem sequer arranjavam as mãos e muito menos pintavam as unhas. Ainda me lembro de quando foi "permitido", socialmente, começar a usar verniz vermelho, e não foi assim há 40 anos atrás, muito longe disso. Portanto, temos, como é frequente em várias coisas por cá, uma passagem do 8 para o 80. 

Se até já "não ligo" a todos estes exemplos, que mencionei, existe um mais recente que esse... Bom, a este não consigo mesmo, tais são as dores que sinto nos olhos |expressão que costumo muito usar|. As unhas em formato bico, que e depois de estar a pesquisar e ver fotos no google, (estou neste momento em total agonia...), descobri que têm como nome "oficial" unhas stiletto. De facto, dito assim, até parece algo realmente fashion (incrível, sempre, o poder do inglês)... Tenho um nome, muito meu, para elas. "Unhas- garras- de- águia". Isto porque sempre que tenho o verdadeiro "não prazer" de ver alguém, com umas mãos assim, quando olho para o rosto tenho de fazer um enorme esforço para o ver, realmente. Até podia ser a mulher mais bonita do mundo, mas é algo que não controlo. A palavra que me vêm à mente, depois do alarme "atenção- perigo- de- dor- de- olhos- iminente" é M-E-D-O. (Não sou mesmo pessoa de águias, em todos os sentidos...).

Sendo facto que as mãos dizem muito sobre nós, este é, na minha opinião, um enorme destruidor de imagem que, para além de o ser por si só, ainda tem o "plus" de envelhecer assim uns cinco anos, pelo menos, quem as usa. Como sou também aquela pessoa que pensa, (penso eu), em coisas que ninguém mais pensa, depois de ver alguém, assim, fico sempre com as mesmas interrogações: "E, se "ela" me tocasse?" (Só de imaginar, sinto logo um arrepio na espinha). Como é que consegue fazer uma simples festinha na cara, sem magoar a pessoa? E, a um bebé? E, lavar a loiça? E, vestir-se, sem estragar a roupa toda? E, collants, sem os furar, logo? E, teclar num computador? E, num telefone???? Enfim, apenas alguns exemplos de algo que nunca irei compreender.

Bem sei da máxima "gostos não se discutem", mas se citarmos exemplos de verdadeiros ícones mundiais de elegância como Grace Kelly, Jacqueline Kennedy, a (eterna) princesa Diana de Gales, ou um mais recente, Kate Middleton, assim de repente não estou nada a vê-las a usar unhas stiletto/águia... "See what I mean" |2|?

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