Réveillon. Passa o ano e é festa
- o povo gosta é disto. Música, confettis, passas, espumante e bolo-rei. Muito.
É para mim dos dias mais divertidos do ano e nem gosto dos comes e bebes
servidos nesta época… Mas continuo todos os anos com o mesmo problema: ir ver
um concerto dos Lordes num restaurante de uma bomba de gasolina na Espinheira,
ou os Xutos e Pontapés no Terreiro do Paço com todos os meus “amigos” de
Chelas, Santa Iria da Azóia e Mira-Sintra? A verdade é que para os que não têm
uma festa organizada com amigos, a escolha barata é demasiado má. Senão a
contrapartida é gastar umas centenas de euros e passar as festividades num
hotel... Na companhia de estranhos. Mundo cruel!
Já se imaginaram numa festa que
não conhecem ninguém, a comer as 12 passas e de seguida cumprimentar todos
esses estranhos e desejar-lhes um feliz 2017? Bom, se acham isto normal, sugiro-lhes
que levem aquelas prendas de Natal extra que compraram não fosse alguém
aparecer lá em casa… Podem sempre oferecê-las a estes estranhos. Afinal de
contas, canecas e pisa-papéis são úteis em qualquer casa.
Para evitar todos estes
mal-entendidos, sou apologista de ter no grupo de amigos aquela pessoa que
custa a suportar, demasiado irrequieta, mas que chama sempre a si a organização
de tudo e mais alguma coisa. Normalmente solteirão/ solteirona, que talvez por
isso é também o mais criativo e debita 10 ideias por segundo antevendo períodos
de festa ou de solidão. É a chamada rena da carroça do Pai Natal - ainda nem
saiu da Lapónia e já sabe qual sua rota. Estas pessoas também têm esse condão:
ainda não chegaram à Consoada e já sabem o seu percurso festivo até ao Dia dos
Namorados... O Mundo tem lugar para todos.
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