A Margaret Tatcher passava pelo Marquês de Pombal
devidamente escoltada, trânsito interrompido, milhares de pessoas a espreitarem
a caravana de carros, e eis que um adolescente pergunta a outro:
- Quem é?
- É a Margaret Tatcher.
- Epá, ela tem músicas espectaculares!
Esta história é antiga e verdadeira, mas é incrível quando
numa época em que ainda não se fazia sentir a globalização de tudo,
principalmente da comunicação e da música, e já aquele “tenrinho” procurava não
ficar atrás no capítulo da sabedoria. Errou redondamente. Depois vieram mais
canais de TV, a Internet tomou conta do mundo e a consequente exploração da
imagem de todos os pretensos cantores/ músicos/ instrumentistas. Passou a ser
possível reconhecer um “famoso”.
Hoje, a proliferação de artistas faz-se sentir como nunca, sendo muitas vezes difícil diferenciar e/ou identificar quem está a tocar ou cantar. Já não existe aquele cunho que distinguia um do outro – parecem todos cópias de alguém que já ouvi. Será falta de criatividade ou realmente é um mundo já sobejamente explorado? Cada um que opine à sua maneira. Já estou é farto de ver gajos de calças largas, boné e tatuagens. Até porque um é giro e cabe na paisagem - já meia dúzia parece um quadro borrado.
Hoje, a proliferação de artistas faz-se sentir como nunca, sendo muitas vezes difícil diferenciar e/ou identificar quem está a tocar ou cantar. Já não existe aquele cunho que distinguia um do outro – parecem todos cópias de alguém que já ouvi. Será falta de criatividade ou realmente é um mundo já sobejamente explorado? Cada um que opine à sua maneira. Já estou é farto de ver gajos de calças largas, boné e tatuagens. Até porque um é giro e cabe na paisagem - já meia dúzia parece um quadro borrado.
E já vos perguntaram “qual a tua música preferida”? A
questão é sempre feita como se a resposta nos definisse – se és rocker, hippie,
zen, rapper… Gosto de muitas canções, demoro o meu tempo a enumerá-las, e ainda
bem. Mas fico assustado quando penso nas primeiras três músicas que me vêm à
cabeça – têm todas mais de 20 anos! Estou velho ou a criatividade estagnou de
lá para cá? Não sei, “é geracional” dizem os mais sabicho las no estudo de tudo
e mais alguma coisa. Aqueles que sabem tudo e que, quiçá, nos poderiam ensinar
alguma coisa, mas que nem querem escrever um livro porque “tá tudo na
Internet”. Cromos.
Certo é que a música nos embala, nos acalma ou nos diverte.
Outras deprimem. Recentemente descobri o termo “canção de desamor” – contrário
a canção de amor, pensei eu. E é isso, mais ou menos. São músicas deprimentes,
para a lágrima difícil (e não fácil, porque são músicas bem feitinhas). E
descobri também que algumas das que mais gosto enquadram neste estereótipo.
Coincidência ou não, pelos vistos gosto de sofrer. Já vos perguntaram qual a
música preferida? Aqui vai uma que ouço em “loop”: “Black” dos Pearl Jam. Agora
que já abri o meu coração, abram o vosso - qual a vossa canção de desamor?
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