PRINCÍPIO DA SEMANA #121


ca·mi·nho- (latim vulgar *camminus, de origem celta)- Nome genérico de todas as faixas de terreno que conduzem de um a outro lugar; Estrada, atalho, vereda; Espaço que se percorre; Direcção; Meio, via; Destino; Rumo.

Quantas vezes mudamos de caminho, numa mesma viagem? Quantas vezes temos de nos decidir por um, no meio de "1000"? Inúmeras. Incontáveis. Passamos a vida, inteira, a escolher e a percorrer caminhos. É, por ventura, aquilo que mais fazemos. Escolhemos caminhos quase tanto como respiramos e nem nos apercebemos. A verdade é que, em suma, todos temos. Só um. Todos, sem excepção. O caminho que nos leva à realização do nosso propósito aqui. 

O |nosso| caminho vai sendo traçado com as constantes escolhas que fazemos e à medida que vamos crescendo vai-se tornando mais claro, ou pelo contrário, vai-se tornando mais e mais sinuoso pois nem sempre as escolhas que fazemos são no sentido do caminho que verdadeiramente queremos, ou que tanto achamos que queremos. O que acontece é que temos muita dificuldade em ver e perceber o que existe à volta porque estamos demasiado convencidos que queremos algo de uma determinada maneira. E, só daquela. As nossas certezas, são de facto, o nosso pior inimigo... As certezas colocam-nos palas, restringem-nos, fazem-nos perder a total visibilidade. Limitam-nos. Quando chegamos a um ponto em que não percebemos o porquê de algo, o tal algo que tanto queremos, ainda não ter acontecido é necessário nos questionarmos. Neste questionamento nunca poderemos envolver outras pessoas. Este questionamento só pode e deve ser interno. Se não o for, se envolvermos todos os A's e B's que já aconteceram/passaram na nossa vida e ainda pior os responsabilizarmos por isso, nunca vamos ao cerne da questão, e esse algo por que tanto esperamos, que parece tão simples, até, nunca chegará de facto.

O que precisamos é de uma questão, muito simples, que vai para além do porquê. O porquê leva-nos a andar em círculos e não a respostas. A questão é- o que falta? O que |me| falta "para"? Esta questão, esta simples questão, tem um autêntico efeito dominó e leva-nos a um sem número de outras perguntas internas. E, podemos demorar dias, meses, anos até obter uma resposta, "a" resposta, podemos achar, ok "amanhã" ou "quando tiver tempo" penso nisso, mas não é assim que funciona. A partir do momento em que nos fazemos a pergunta ela fica a trabalhar cá dentro, como num computador em que pomos um programa a correr e não o vemos e continuamos a trabalhar sem que nada pareça estar a acontecer. A resposta que há-de vir pode|-nos| ser algo muitas vezes muito difícil de aceitar ou chocante até. Pode-nos levar a cenários que seriam totalmente impensáveis para nós antes "da" pergunta. Mas, é exactamente essa resposta, a que precisamos para encontrar o nosso real caminho. 

Sair de nós, sair da loucura do dia-a-dia, nem que seja apenas interiormente e não fisicamente, é algo que precisamos muito de fazer. O subir ao alto da montanha. Olhar à volta. Ver as coisas de uma outra perspectiva é o processo para retomar ou para nos colocar no caminho certo. O caminho certo, só é certo para nós. Fazendo um paralelismo simples é como um tom de uma determinada cor. O que funciona para mim pode não funcionar para mais ninguém. E, daí não podemos/devemos dizer que "não podemos vestir amarelo". Há, haverá, um determinado tom, "de amarelo", que é o certo para nós. Só temos de o encontrar. |Simples assim|.

"Nunca é tão fácil perder-se como quando se julga conhecer o caminho". Provérbio Chinês


Imagem © Direitos reservados

CONVERSATION

0 comments:

Enviar um comentário

Back
to top