PRINCÍPIO DA SEMANA #114

d.o.m- Donativo; Dádiva; Benefício; Prenda; Talento; Dote natural.

Quando pensamos no que significa ter um dom pensamos imediatamente em algo de espiritual. Místico até. Ao contrário da palavra talento, que nos remete a algo mais profissional, para mim dom sempre soou a algo existencial majestoso, até. Aquilo que nos remete à origem de tudo ou seja o nosso verdadeiro propósito, "aqui". Aquilo que verdadeiramente nascemos para ser e fazer. 

Se pensarmos em nomes famosos da história é fácil de identificar alguém que nos faz imediatamente pensar nestes dois termos- Dom e talento. Beethoven, por exemplo. Não nasceu a saber tocar piano, nem a compor melodias maravilhosas, mas sim com uma extrema facilidade para aprender essa arte. Daí ser considerado, por muitos, como o maior génio da música de todos os tempos. Mas, e aquelas pessoas que passam pela vida sem se tornarem famosas, sem fazerem nada de especial, nada de fenomenal? Isso quer dizer que nem todos nascem com dons ou que muitos não percebem os seus?

Acredito que cada um de nós nasce com o seu. E que mesmo que não seja perceptível e que o mesmo não seja desenvolvido cada um de nós vive-o à sua maneira e de forma inconsciente. Assim como o destino (para quem acredita, claro), não há como (lhe) fugir. Podemos contornar, dar a volta, ou várias, negá-lo até, em certos casos, mas como a verdade, o dom |o nosso|, acaba sempre por se revelar das mais variadas formas.

A diferença está, sempre, em cada um de nós. E, a maior parte das pessoas não têm consciência do seu poder interior e das suas potencialidades, a todos os níveis. Umas por desconhecimento, outras por medo, a maior parte de nós vai vivendo no desconhecimento completo da sua própria existência até ao dia em que "algo estranho" nos alerta para o poder que existe no nosso interior. Este "algo estranho" pode ser manifestado das mais variadas formas, mas por norma são factos que não queremos aceitar ou preferimos não ver e ignorar. É mais fácil assim, pensamos nós. A nossa falta de fé, em nós, faz-nos ser, muitas vezes, o nosso pior ||e único| inimigo. 

O tempo não é relevante quando se trata de perceber ou aceitar o nosso. No meu caso, sempre senti o meu. Sempre. Durante muito tempo não o conseguia viver, não via como, mas e olhando para trás, percebo que não foi bem assim e que afinal o vivi, sem saber. 

Há vários tipos de dons, mas existe um, que é o dom dos dons, e nada tem a ver com nenhuma capacidade mediúnica. É "apenas", e só, o dom do Amor. Condição sine qua non para a manifestação de todos os outros, pois a capacidade de amar verdadeiramente os outros, a natureza, a vida, é uma dádiva e, no fundo, bem no fundo, é o que faz o nosso coração bater. O dom é aquilo que é só nosso, mas que devemos partilhar e espalhar pelo mundo. O dom é a nossa magia. O dom é o que verdadeiramente nos faz brilhar e nos distingue dos demais. O dom é a nossa Luz. O dom é o que nos torna naquilo que somos. Únicos. Singulares. Imortais. Inesquecíveis.

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