la·ço- (latim laqueus, -i, laço, nó corredio); Nós com duas alças, fácil de desatar; Fita com a forma desse nó usada como adorno; Acessório de moda geralmente para uso masculino que se coloca à volta do colarinho da camisa, formando um nó; Aliança; Vínculo.
Agosto. Tórrido Agosto. Um mês que pelas temperaturas e pelo tempo que, à partida temos mais livre, nos oferece uma enorme pré- disposição para "estar com". Mês que apetece por os facebooks e afins mais de lado e verdadeiramente estar com quem gostamos. Mês de família. Mês de amizade. Mês de Amor.
Mês que acima de tudo nos proporciona apertar os laços. E estes laços que falo são as tais alianças, os tais veículos descritos na definição da própria palavra. Laços que de uma maneira ou de outra vamos criando ao longo do ano e que se tornam mais estreitos no Verão e sobretudo neste mês que nos obrigada a abrandar, mesmo pertencendo à |pequena| parte da população que não está de férias.
Mês de celebração. Dos dias, do sol, do mar, de tudo de bom que temos, da vida em si. E, sem dúvida das maiores dádivas que podemos ter é a nossa família. O nosso pilar, a estrutura que permanece sempre mesmo depois de um qualquer impacto. Por mais forte que seja estes pilares e daí o nome, ficam. E ficam sempre, por mais forte que seja a tempestade. A família que falo é não só a de sangue, a que vamos conhecendo e aprendendo a gostar, a amar e sobretudo aceitar, mas também a que vamos formando à nossa volta, que pode ser tão ou mais importante até que a de sangue. O conceito ideal de família, para mim, reside na mistura mágica que acontece quando podemos e juntamos as duas e dessa mistura resulta... A nossa |verdadeira| família. Esta é a mistura dos nossos familiares com os nossos Amigos e com os Amigos ou familiares desses mesmos Amigos. Os que chegam, por acréscimo e... Ficam. E, se ficam, "pertencem-|nos|".
Este sentimento de pertença a uma família é das coisas mais maravilhosas e estruturais que podemos sentir. É o encontrarmos o nosso espaço, o nosso cantinho, o nosso lugar, em algo. E esse mesmo sentimento acaba por se extrapolar e acabamos por perceber aquilo que de mais profundo existe no nosso pensamento e que acredito que 90% da população mundial se questione. "O que andamos aqui a fazer". Não há nada que nos faça perceber mais esta questão do que este sentimento que vai sendo construído com a ajuda dos laços. Porque simplesmente, sabemos, sentimos. E, quando o sentimos já não existe questionamento.
Os laços dão-nos este sentimento que precisamos tanto como do ar que respiramos. De pertencer. De fazer parte. Do dar e receber em escala e proporção igual. Dos laços resultam momentos de total entrega. Como a própria deve ser. Dos laços resultam momentos de celebração. Momentos em que brindamos. E devemos mesmo fazê-lo. Brindes que devemos fazer, hoje, amanhã, este mês, este Verão. Faz-nos |muito| bem. À alma e ao coração. E por isso ontem e para terminar um fim-de-semana repleto de sol, calor, praia, trabalho e sobretudo de muitos e variados tipos de laços, brindei. Em família e à família . Às minhas pessoas, bípedes ou quadrúpedes. Aos que fazem parte de mim. Aos meus. |Aos mais antigos, aos mais recentes e aos acabados de chegar|.
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