Apeteces-me:
Tenho
fome de ti. Fome de revirar os lençóis da tua cama, sentir as gotas do teu suor
caírem sobre a minha pele húmida ávida do teu toque.
Tenho
vontade de ti. Vontade de sentir os nossos corpos nus descontrolados e a paixão
com que as tuas mãos grandes, morenas e másculas agarram as minhas coxas
brancas enquanto gemo de desejo por ti. Vontade deste sentir oblativo que
nos une e faz ansiar por mais.
Tenho
um peito que arde de saudade tão louca que dói, agonia, sentimento irracional
que me tira o sono e me impede de dormir.
Tenho
sede do teu olhar. Olhos negros sem fundo. Sede do teu peito duro contra o meu.
Das nossas línguas entrelaçadas, os teus braços compridos que se apoderam sem
pudor de mim e me envolvem sem deixar sobrar pedaço do meu corpo. Cheiro de
velas queimadas no ar, falar coisas sem rodeios, ficar tonta da tua
intensidade, pernas que tremem, pensamentos que deambulam.
Tenho
o querer da serenidade que fica depois, corpos despidos abraçados no nada,
corpo teu que é meu, arrepios na pele do calor que desvanece.
Apeteces-me.
Agora. Ontem, hoje, amanhã. Sempre.
Imagem © Direitos reservados
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