PRINCÍPIO DA SEMANA #196

dá·di·va- Algo que se dá gratuitamente; Presente.

Ao contrário do talento, que nos remete a algo mais profissional, dádiva faz-nos pensar em algo de mais profundo, de mais existencial, até. Se pensarmos em nomes famosos da história é fácil de identificar alguém que nos faz imediatamente pensar nestes dois termos- Dom e dádiva. Beethoven, por exemplo. Não nasceu a saber tocar piano, nem a compor melodias maravilhosas, mas sim com uma extrema facilidade para aprender essa arte. Daí ser considerado, por muitos, como o maior génio da música de todos os tempos. 

Acredito que, como Beethoven, cada um de nós nasce com a sua dádiva e que mesmo que não seja perceptível e que a mesma não seja desenvolvida, cada um de nós vive-a à sua maneira, assim como o destino (para quem acredita, claro), não há como (lhe) fugir. Podemos contornar, dar a volta, ou várias, negá-la até, em certos casos, mas como a verdade, o nosso dom, a nossa dádiva, acaba sempre por se revelar, das mais variadas formas.

A diferença está, sempre, na forma como a encaramos. E, a maior parte das pessoas não têm consciência do seu poder interior e das suas potencialidades, a todos os níveis. Umas por desconhecimento, outras por medo. A nossa falta de fé, em nós, faz-nos ser, muitas vezes, o nosso pior e único inimigo. Mas, felizmente, nunca é tarde. O tempo não é relevante quando se trata de perceber ou aceitar a nossa. 

Há vários tipos de dádivas, mas existe uma, a maior de todas talvez, que é a capacidade de aceitar e viver o agora, o presente e todo o potencial que o mesmo nos dá. Esta é, sem dúvida, a condição sine qua non para a manifestação de todas as outras e aquela que devemos partilhar e espalhar pelo mundo.  [Simples assim].

"A bondade em palavras cria confiança; a bondade em pensamento cria profundidade; a bondade em dádiva cria amor." Lao-Tsé
 

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