PRINCÍPIO DA SEMANA #194

ex·po·si·ção- (latim expositio, -onis)- Acto de expor ou de se expor; Lugar onde se expõe um conjunto de objectos ao público; Conjunto dos objectos à vista do público; Posição ou situação de um objecto, imóvel ou local relativamente aos pontos cardeais; Maneira como um objecto, um imóvel ou um local recebe a luz solar; Apresentação de um assunto ou de um trabalho; Maneira de contar ou de explicar alguma coisa.

É um facto que vivemos num estado de liberdade e sobretudo numa era em que a exposição nos parece totalmente normal. Exposição de pensamentos, de desabafos, de ideias, de opiniões. Somos livres para fazer tudo o que nos apetece, a qualquer hora. Somos livres para estar com quem queremos, até à hora que queremos, onde queremos. E, somos livres para comunicar tudo isto “ao mundo”. Graças a toda esta liberdade, ao fazê-lo, muitas vezes, não pensamos quem é esse mundo. O que está “lá fora” e o que vê e nos lê e que faz a sua interpretação, com base nesse mesmo princípio de liberdade.

Dar a nossa opinião está na ordem do dia. Fazemo-lo a toda a hora e instante, sobretudo graças às redes sociais, que nos permitem esta tão grande exposição. É só entrar no facebook ou fazer uma pesquisa no google e aparecem todo o tipo de textos sobre as mais diversas questões, carregadas de opiniões. Uma simples foto publicada no instagram pode dar origem a um sem número de comentários e interpretações e em todas elas há sempre a exposição. Se por um lado isto me parece muito positivo, por outro [e há sempre outro], existe algum perigo, que é o de [nos] expormos demasiado. Demasiado não de acordo com o que os outros pensam, mas de acordo com o que [depois] estamos aptos a lidar. Opinar é um direito, mas a linha que o separa, muitas vezes, do julgar é mesmo muito fina. 

Esquecemo-nos muito da máxima "não faças aos outros o que não gostavas que te fizessem, ou neste caso “não digas aos outros aquilo que não gostavas que te dissessem”. Por mais liberdade que exista, a verdade é que temos a nossa forma de pensar, que é, assim como nós, única e por isso o que julgamos saber e o que interpretamos das constantes exposições e estímulos visuais, a que estamos sujeitos, são apenas interpretações nossas, de acordo com a nossa realidade e mapa mental. Por isso, se pensarmos, se calhar não somos assim tão livres quanto julgamos ser. ➸ [Simples assim]. 

"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado". A. Einstein


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