ci·clo- (grego kúklos, -ou, roda, círculo, forma redondo, coisa disposta em círculo). Série de fenómenos que se sucedem numa ordem determinada; Parte de um fenómeno periódico que se efectua durante certo espaço de tempo; Período sempre igual de determinado número de anos no fim dos quais devem repetir-se na mesma ordem os sucessos astronómicos ou os factos determinados pelas mesmas causas ou influências; Grupo de poemas, novelas, etc., constituindo uma espécie de círculo em volta de um facto, de um herói ou de uma família.
Um dos grandes dados adquiridos é que tudo é cíclico. Tudo muda e as mudanças, os finais e recomeços, são
inevitáveis, para todas as pessoas. As estações, o mundo, o corpo, as pessoas,
os sentimentos. Tudo se altera e vai mudando porque nada é estanque nem
permanente. O que nos faz sentido hoje “amanhã”
pode deixar de fazer. Atravessamos as chamadas fases, constantemente, e nem nos
apercebemos do enorme poder de adaptação que temos. Adaptamo-nos a tudo o que
até nos pode parecer impensável. A tristeza, a perda, etc.
Tudo o que vivemos atravessa
fases e todas elas são sempre diferentes. Cada nova adaptação pressupõe um novo
ciclo, logo uma mudança que, normalmente, nunca vemos chegar. Como seres que,
por norma, não lidam bem com o que altera e deixa de ser “assim”, na presença
de um novo ciclo, muitas vezes, temos dificuldade em redireccionar as nossas
acções.
A questão é que, na base de qualquer novo ciclo está uma nova
aprendizagem e é nesse “novo”, que pode até ser não tão novo assim, que nos
devemos focar. Se formos flexíveis a nível de pensamento, se confiarmos no
nosso processo de evolução, apercebemo-nos, mais cedo ou mais tarde, que as
coisas são e mudam exactamente para o que é melhor e necessário mudar. Mesmo
que este seja um pensamento de difícil aceitação e mesmo que demoremos muito
tempo até “lá chegarmos”, acabamos sempre por perceber o porquê de um final e
de um novo início.
Por mais que o caminho pareça sinuoso, e até o pode ser, tem
apenas uma direcção, que é em frente. É preciso confiar. Confiar, em primeiro
lugar em nós. Nas nossas competências e qualidades. Em tudo o que reunimos,
como seres únicos que somos. Depois, a atitude. A atitude, deverá ser a de
abertura. Abertura à mudança, a aceitação do cíclico, que está em nós e no que
nos rodeia. Esta é a fórmula "mágica" de nos reinventarmos e de,
assim, nos adaptarmos à mudança e com isso evoluirmos, para o novo.
“Muitas vezes nos impressionamos com a velocidade que as
coisas acontecem, e costumamos ficar verdadeiramente surpresos com o que
acontece de repente, de uma hora para a outra. Mas, só temos que nos lembrar
que quando as coisas dão uma reviravolta na nossa vida, não nos devemos
assustar, e sim nos prepararmos para nos adaptar às mudanças, porque muitas
vezes as mesmas acontecem e nós nem percebemos... Assim como o começar de um
novo dia passa despercebido, assim que o relógio marca a meia-noite, ninguém
nota a diferença, mas tudo já mudou e mesmo que não seja aparente, um novo dia
já começou. Quando o futuro lhe trouxer uma surpresa, algo inesperado,
alegre-se, pode ser que seja o chegar de um novo dia na sua vida, o que marca o
início de um recomeço, uma página em branco, uma nova história".
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