Tudo pode mudar, a qualquer segundo, "diz-se". E, é verdade. Mas, é verdade, também, que existem factos inalteráveis. Factos, que
podem ser só e apenas nossos. Mas que são uma realidade. Para nós. Acontecimentos, pessoas, sentimentos. Imutáveis. O que faz do inalterável algo de muito
profundo e por isso mesmo muito |só| nosso. Algo que, poderia definir como um
conjunto de sensações, que sentimos exactamente de uma forma, hoje, e que temos
a certeza de que se podem passar 50 anos, que não vão mudar, uma vírgula, que
seja.
Se por um lado, as nossas atitudes e acções diárias têm o
poder de transformar a nossa vida, principalmente no que diz respeito aos
nossos relacionamentos, sejam eles de natureza familiar, de amizade ou de
natureza sentimental, por outro, existe um "algo" que não muda.
Um clube, um amor. Por exemplo. E, pode tudo mudar à nossa volta e podemos até
acreditar que essas mudanças nos mudaram, mas existe sempre esse tal
"algo", que permanece. Inalterável. Permanente. Imutável. Tranquilo.
Está "ali", ou cá. Dentro.
Temos de aprender a gerir e a viver com esta dualidade. Do
que está sempre a alterar e do que não altera, mesmo que até façamos tudo para
isso acontecer. Vamos percebendo que coisas, sentimentos, pessoas, são e a perceber
que essa construção está ligada ao incondicional que existe, em todos nós, e nas
mais variadas formas.
O inalterável leva-nos ao perpétuo. Algo que dura. Sempre. Para
sempre. Eterno. Algo que sendo eterno, não cessa. Nunca. Algo que é contínuo.
Vitalício. Algo que, sendo perpétuo, permanecerá naquele local, na nossa vida e num orgão, muito específico, do nosso interior.
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