Lembrar novamente. Voltar a lembrar. Lembrar novamente.
Voltar a lembrar. Quantas vezes fazemos este "exercício" por dia?
Mais uma daquelas tantas perguntas sem resposta. Muito difícil medir, em
concreto, o número de vezes que recordamos algo ou alguém. Mas, a verdade é que
é uma capacidade que nos é inata e que estamos constantemente a usar pelos mais
variados motivos.
O recordar implica que a nossa mente não esteja no momento
presente, pois nele estão implícitos dois tempos. O futuro, quando recordamos
que existe algo que não podemos esquecer, de fazer, dizer, etc., e o passado.
Acontecimentos, momentos que tiveram, um dia, lugar. Em nós, na nossa vida.
O recordar, as recordações, surgem sem qualquer tipo de aviso. Simplesmente acontecem, aparecem, sem ser em convidadas e têm o dom de, num segundo ,|ou menos|, alterar todo um presente dado que as emoções, a elas associadas, são também elas inesperadas. Mais doces ou mais amargas essas memórias, que nos surgem, provocam-nos imediatamente algo. Esse "algo" que nos leva para outro sítio mesmo não saindo do mesmo lugar, tem um nome e é dos sentimentos mais complexos não tanto de definir mas de gerir. Saudade|s|. Um vazio que subitamente sentimos. "Uma sede que não sacia e uma fome que não acaba". Uma falta. Enorme. De algo, ou de alguém. Sabemos que o tempo não pára, mas se há alturas que sentimos que isso é possível é quando entramos neste estado. É como se, de facto, o conseguíssemos parar e nos teletransportássemos para o momento em si, independentemente do tempo real em que aconteceu. Sejam dois anos ou dois dias.
O recordar, as recordações, surgem sem qualquer tipo de aviso. Simplesmente acontecem, aparecem, sem ser em convidadas e têm o dom de, num segundo ,|ou menos|, alterar todo um presente dado que as emoções, a elas associadas, são também elas inesperadas. Mais doces ou mais amargas essas memórias, que nos surgem, provocam-nos imediatamente algo. Esse "algo" que nos leva para outro sítio mesmo não saindo do mesmo lugar, tem um nome e é dos sentimentos mais complexos não tanto de definir mas de gerir. Saudade|s|. Um vazio que subitamente sentimos. "Uma sede que não sacia e uma fome que não acaba". Uma falta. Enorme. De algo, ou de alguém. Sabemos que o tempo não pára, mas se há alturas que sentimos que isso é possível é quando entramos neste estado. É como se, de facto, o conseguíssemos parar e nos teletransportássemos para o momento em si, independentemente do tempo real em que aconteceu. Sejam dois anos ou dois dias.
O recordar dá-nos por isso a possibilidade do tal
"sonhar acordado", pois conseguimos reviver "in repeat"
momentos, pessoas, cheiros, toques, vozes, expressões, risos. Recordar é viver e relembrarmo-nos, e
em forma de retrospectiva, que não há nada no |nosso| passado que seja cem por
cento escuro, nem totalmente brilhante. Quaisquer memórias trazem-nos luz e
sombra, mas se observarmos, no presente, e com muita atenção, vemos o tanto que
nos trouxe. O tanto que aconteceu e o tanto que faz parte de nós. |Simples
assim|. ➸
"Esquecer. Bem, talvez não seja esta a palavra
adequada, mas tu percebes-me, eu sei que sim. É por isso que hoje te deixo este
recado aqui na tua porta, para que quando chegues a casa te possas sentar na mesa
da tua cozinha e ler-me com atenção". «eu e tu três metros acima do céu».
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