PRINCÍPIO DA SEMANA #130


a·ten·tar- Observar com tento; Atender a; Ir de encontro a; Considerar; Prestar atenção.

Estar atento deveria- nos ser algo de inato, e é, mas e à medida que vamos crescendo, algures pelo caminho, de alguma forma, parece que vamos perdendo esta capacidade instintiva de vivência e de sobrevivência. Vamos "descontraindo" e inconscientemente a agir e pensar que e como já sabemos "muitas coisas", ou mesmo tudo, ou quase tudo, o que há para aprender, em nós e nos outros já não precisamos assim tanto deste que é um sentido que nos é dos mais benéficos. O da atenção. 

Vivemos totalmente apegados a certezas, a estabilidades e equilíbrios baseados em decisões e caminhos que decidimos tomar. Queremos e queremos que assim seja e vamos forçando até para que o seja. Decidimos em plena consciência que assim será e achamos que estamos dispostos a lidar com as eventuais consequências dessa mesma escolha, porque afinal |até| foi a nossa.

Construímos uma série de "castelos" e acontecimentos futuros baseados em tudo aquilo que julgamos saber e que nos é um dado adquirido, ignorando, na maior parte das vezes, todos os sinais que vamos recebendo que talvez não seja o caminho certo para nós. Fazemos isto porque as nossas "certezas" cegam-nos para a verdadeira e real realidade, pois deixamos de estar atentos. A verdade é que até dados adquiridos que às vezes nem sabemos bem de onde nos vêem, como o dia e hora que nascemos, por exemplo. podem afinal não ser bem assim, e num ápice isso, esse dado que sempre acreditámos que era assim desaparece, o que significa que a necessidade de termos estes dados adquiridos para nos darem a estabilidade interior, a que que tanto precisamos, nunca existe sem ser no plano do nosso pensamento.

Insistimos em não ver. Em não ver que nada, mesmo nada é adquirido nem tão pouco é sempre igual. E daí existir um princípio, meio e fim que tanto tendemos a querer esquecer. Nos vários campos das nossas vidas fazemos escolhas, escolhemos percursos, um percurso que pensamos ser o certo, o que nos faz sentido, no momento. Mas o que acontece, pelo meio é que começamos a receber sinais, alertas, de que afinal podemos estar no caminho e percurso totalmente ao lado daquele que realmente precisamos e que é afinal o nosso. A vida, o universo, tem várias formas de o fazer, de nos mostrar, e se, de facto, estivermos atentos vemos que assim é. Mas, como seres humanos que somos temos sempre o livre arbítrio para decidir se aceitamos esses sinais ou se por outro lado decidimos continuar sucessivamente a ignorá-los. É uma escolha nossa. Como são sempre todas. 

A verdade é que o estar atento dá-nos níveis de consciência que nos despertam para a realidade do é e não do que pensávamos que fosse, ou gostaríamos. Este despertar até pode ser nas coisas mais simples, aquelas que toda a gente à nossa volta já percebeu, mas nós não. Por isso tem sempre de acontecer em cada um de nós. Porque assim como neste momento nada nem ninguém nos poderia pedir para esquecer tudo o que aprendemos até aqui, há tomadas de consciência que não têm volta a dar e cabe-nos a nós saber o que devemos fazer com elas. E, todas as acções que tomarmos devem ser feitas com base naquilo que nos define, a coragem e a honestidade não só para com os outros mas e sobretudo para connosco.

A vida faz-se num só sentido que é para a frente, com tudo o que já adquirimos. Se não estivermos atentos não vemos e podemos perder o nosso verdadeiro caminho. Se não estivermos atentos podemo-nos perder pelo caminho. Se não estivermos atentos podemos perder tudo o verdadeiramente queremos e deve estar no |nosso| caminho. |Simples assim|. ➸


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