de·ter·mi·na·ção- (latim determinatio, -onis)- Acto ou efeito de determinar; Demarcação; Decisão; Resolução; Definição exacta.
Todos os dias lidamos com o se's da vida e que se vão colocando no nosso caminho. Desde os mais simples aos mais complexos. Perguntas como: "Será que é mesmo isto?" "Será que fiz bem?", "Será que poderia ter feito as coisas de outra forma?" são uma constante dúvida que paira na nossa mente e que constam nos mais diversos pensamentos. Por outro lado, temos também algo em nós que vem daquilo em que acreditamos e do que queremos fazer 'para'. Este contrário vem dos nossos sentimentos, das nossas convicções e, em suma, da nossa determinação.
Lidar com os se's e com esta determinação, ao mesmo tempo, exige-nos muito e é algo que, em certas alturas, tem o poder de nos bloquear e mais que isso de quase nos enlouquecer. Passar por estas fases faz parte daquilo a que se chama, o doloroso processo de, crescer. Nesta equação, a única coisa que nos pode ajudar é, nada mais, nada menos, a nossa força interior, o que é a mesma coisa que dizer, a nossa coragem. Palavra cuja definição original é 'contar a história de quem somos com o coração' e eu não poderia concordar mais. A |nossa| coragem vem do coração e não da |nossa| racionalidade. A coragem é o combustível que precisamos para seguir em frente e para fazermos o que sabemos que tem de ser feito. Porque sabemos. Sabemos sempre. Podemos tentar achar que não, que se calhar não é bem assim, que estamos, andamos confusos, mas, lá bem no fundo, sabemos. Na idade adulta, assim como a determinação, a coragem é-nos exigida, pois nunca conseguiremos estar em paz com "o mundo" mas sobretudo connosco, que é aqui o mais importante, se não agirmos de acordo com aquilo que une as duas e nos define como seres humanos.
A determinação pode ser muitas vezes |e erradamente|, confundida com teimosia. E não é disso que se trata. Teimosia é insistir várias e sistemáticas vezes num caminho, ou em algo que já sabemos que não é por ali, mas, por vários motivos racionais e emocionais continuamos e continuamos, a percorrê-lo. Logo, a cometer o mesmo erro, vezes sem conta. A teimosia é isso. É não aprender nada e insistir sempre no mesmo. Por outro lado, e totalmente diferente, a determinação é saber todos os dias que é muito mais fácil desistir (porque é) do que persistir e escolher continuar. Arranjar mil e um outros caminhos, mas continuar a encontrá-los e com isso tentar uma constante evolução e resolução dos nossos problemas, ou daquilo que temos que resolver, em nós. Obviamente que para sermos pessoas determinadas temos que ter bem definido aquilo que queremos. Não o que não queremos, porque isso é a parte fácil. É o que queremos. Em adultos, mais cedo ou mais tarde, é-nos exigida a responsabilidade de o saber. Saber exactamente para onde, como, quando e com quem |se for o caso| queremos ir. Porque se não soubermos responder a estas questões, por mais determinação, força e afins que existam em nós, existe sempre um auto- boicote e um andar às voltas que na prática não nos leva a lado nenhum, diferente daquele em que estamos, por mais que pensemos que sim.
Correr riscos chama-se viver. E viver é tentar. Tentar que hoje seja melhor que ontem e que o amanhã seja melhor que hoje. |Sempre|. É bem melhor tentar do que passar o resto da vida arrependido por não o termos feito. Não há nenhum caminho que não possa ser experimentado, nem percorrido. Tudo depende de nós e de sentirmos, |não pensar, mas sim sentir|, que conseguimos TUDO. Se verdadeiramente o quisermos MUITO.
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Gostei!
ResponderEliminar:)
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