PRINCÍPIO DA SEMANA #89

mes·tre- (latim magister- tri, o que comanda ou dirige, chefe, professor); Pessoa que ensina; Indivíduo que exerce um ofício por sua conta, ou que trabalha sem indicações técnicas de outrem; Artista (pintor ou escultor) de grande mérito; Pessoa que domina muito bem uma profissão, uma arte, uma actividade; Tudo o que pode servir de ensinamento; Que é o mais importante; Que tem grande importância.

Todos nós temos mestres. Pessoas que são uma referência e que pela grandiosidade daquilo que nos ensinaram se tornam referenciais para nós e que podemos chamar de mestres. Estas pessoas nem sempre têm de ser professores, ou mestres propriamente ditos, podem e são na maior parte da vezes, pessoas "normais", mas que por uma série de circunstâncias mudam a nossa vida e maneira de estar e ver o mundo, para sempre. É um "antes de" e um "depois de". Pessoas que com a sua mestria, num intervalo de tempo, curto ou mais longo, nos fazem perceber uma série de coisas sobre um determinado assunto e em última instância sobre nós. Pessoas que nos ensinam a sentir todo o tipo de sentimentos possíveis, uns muito bons e outros muito maus, mas e na maior parte das vezes, que nem sabíamos ser capazes de sentir e de os ter. São, os activadores de "botõezinhos". Que fazem sair o nosso melhor e por vezes, o nosso pior também. Vamos tendo vários ao longo das "nossas vidas" (das várias que vivemos numa só) e é muito fácil nos sentirmos eternamente presos a estas pessoas devido a todo este conjunto de experiências que fizeram de nós pessoas muito diferentes do que éramos antes. Quando isto acontece, quando vivemos este tipo de experiências há uma coisa que acontece sempre. O nosso nível de consciência fica sempre muito, mas muito, superior. Estas são as pessoas que têm o poder de nos surpreender a cada momento, pessoas que nos inspiram a ser mais e melhor. Pessoas que ficávamos a ouvir o resto da nossa vida.

O próprio tempo é um mestre pois vamos sempre mudando com ele e é este o papel de um mestre. Nos mudar. Independentemente de acharmos que é para melhor ou não. O papel destas pessoas na nossa vida, é preponderante na medida em que, assim como o tsunami de 2004, nunca as vemos chegar. O que quer dizer que qualquer pessoa que entre na nossa vida, a qualquer instante, se pode tornar um mestre para nós. A forma como entram e como nos ensinam tem ligação directa com a forma como vamos aprender o que temos de aprender com elas. E daí este processo poder ser, muitas vezes, por demais violento dentro de nós.

Mas e o que importa também reter é que não só "os outros" que são mestres para nós. Ou seja, também nós o somos ou já o fomos para alguém. Em algum momento, ou até no presente tivemos ou temos esse papel tão importante. O de, conscientemente ou não, ensinar aos outros, o que sabemos, o que somos, o que sentimos. E é importante, sempre, ensinarmos o nosso poder de não julgamento e de compreensão, e fazê-lo sempre da forma mais assertiva que conseguirmos sem nos impormos, pois apesar de o sermos e de "alguém " o ser para nós não há ninguém, por mais mestre que seja, que nos seja superior e que saiba mais sobre a nossa pessoa e sobre a nossa real natureza que nós.

"Para o Mestre dos Mestres a pessoa era mais importante do que seus próprios erros....". Augusto Cury

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