más·ca·ra- do latim mascus ou masca = "fantasma". Peça para resguardo da cara na guerra, na cresta de colmeias ou na esgrima; Objecto de cartão, pano, cera, madeira ou outros materiais, que representa uma cara ou parte dela, destinado a cobrir o rosto, para disfarçar as pessoas que o põem; Disfarce.
Palavra de mil e um significados e com diversos usos a nível histórico. Muito ligada a rituais fúnebres, no caso egípcios e a outros rituais que nada abonam a favor da nossa humanidade (caso do Ku-Klux-Klan, por exemplo), defende-se que a primeira máscara (teatral) remonta ao século VI a.c. e que foi criada pelo poeta Tespis (século VI a.C.), o "Pai" da tragédia.
Apercebi-me ontem de que estávamos no Carnaval e ao me perguntarem se, por acaso, me iria mascarar e ao ter respondido não, dei por mim a pensar no porquê. A verdade é que, e sem ter nada contra quem o faz, não gosto de máscaras. E não gosto por uma razão muito simples. Penso que já as usamos demasiado durante todo o ano, logo não vejo necessidade de o fazer nesta altura.
As máscaras são-nos tão necessárias na proporção daquilo que queremos esconder, ou não queremos mostrar de nós. E todos as temos. Todos não mostramos muitas coisas, várias vezes, ao longo, até, de um dia. Não gosto também pela sua essência, ou seja, todas as máscaras não são reais, logo não são verdadeiras (e daí se chamarem máscaras), e tudo o que não é verdadeiro não nos faz bem. Mesmo sendo, muitas vezes, um mal necessário, quero acreditar que o nosso objectivo individual é que o seu uso vá diminuindo à medida que nos conhecemos. Achamos que precisamos delas para nos proteger, mas e para mim é precisamente o contrário. Quanto mais tempo as usamos e recorremos a elas, mais estamos a protelar algo que tem sempre e forçosamente de acontecer. O Ver. O vermo-nos, ao espelho, como realmente somos.
As máscaras são-nos tão necessárias na proporção daquilo que queremos esconder, ou não queremos mostrar de nós. E todos as temos. Todos não mostramos muitas coisas, várias vezes, ao longo, até, de um dia. Não gosto também pela sua essência, ou seja, todas as máscaras não são reais, logo não são verdadeiras (e daí se chamarem máscaras), e tudo o que não é verdadeiro não nos faz bem. Mesmo sendo, muitas vezes, um mal necessário, quero acreditar que o nosso objectivo individual é que o seu uso vá diminuindo à medida que nos conhecemos. Achamos que precisamos delas para nos proteger, mas e para mim é precisamente o contrário. Quanto mais tempo as usamos e recorremos a elas, mais estamos a protelar algo que tem sempre e forçosamente de acontecer. O Ver. O vermo-nos, ao espelho, como realmente somos.
Sendo o maior mecanismo de defesa e refúgio psicológico, que podemos ter e ajudado pela pressão de sermos aceites, vamos criando uma série de imagens e personagens para simplesmente nos adaptarmos, sermos aceites e respondermos às expectativas que julgamos que os outros têm de nós. O grande e enorme perigo é o de não nos apercebermos disso. E, vamos usando e abusando delas, até ficarmos perdidos, em nós, sem sabermos afinal qual das personagens, que vestimos, somos realmente. E isso acontece, muito. Inconscientemente, vamos sendo várias pessoas dependendo de onde e com quem estamos, que não somos, para sermos "aquela" pessoa que o(s) outro(s) espera(m) que sejamos. O problema é que até podemos ser óptimos a fingir para os outros, verdadeiros actores na vida real, talentos dignos de Hollywood, mas não conseguimos fingir nem usar qualquer tipo de máscara para uma pessoa- Nós. Não nos conseguimos enganar e à medida que vamos tendo consciência disso, a máscara vai caíndo. Todas, eventualmente, acabam por cair.
"Hoje acordei e pensei: Que máscara vou vestir hoje?"- A. Soares
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