pre·sun·ção- Acto ou efeito de presumir; Suspeita, conjectura; Afectação, vaidade; Sentimento ou opinião de grande valorização que alguém tem em relação a si próprio. Julgamento feito a partir de indícios, hipóteses ou aparências. Hipótese considerada verdadeira até que se prove o contrário.
A presunção que quero referir não é aquela que é um dos derivados do que é considerado o primeiro dos sete pecados mortais, a soberba. A presunção a que me refiro, hoje, é aquela que e segundo um provérbio português, é a mãe de todas as asneiras. Definição perfeita na minha opinião. O tal julgamento feito a partir de indícios, hipóteses ou aparências, o que faz da presunção a mais terrível das "armas" do nosso pensamento.
Como seres ditos racionais pensamos, pensamos muito, passamos a nossa vida inteira a pensar, logo passamos, também, a vida a conjecturar sobre coisas que julgamos saber. O que pensamos saber é o que está na base de todas as presunções que fazemos. Navegamos num mundo de probabilidades e tomamos decisões com base nelas. O que sempre foi logo sempre será. A questão é que esta base de pensamento muitas das vezes está errada, ou seja, como dizia Epicteto não é possível começar a aprender aquilo que se presume saber...
Ontem, por exemplo, dia de eleições, acredito que a maior parte das pessoas que não saiu de casa para ir votar fê-lo com base na presunção de que não valia a pena, pois o seu voto não mudaria nada, logo hoje (para muitos) é dia de lamentações. E lá está, o pensamento que fez com que não existisse a acção foi assente num pressuposto errado pois se metade das pessoas que não votaram o tivessem feito certamente os resultados seriam diferentes e aí sim poderia existir uma mudança no nosso país. Outra das presunções, diria das mais frequentes, é a que fazemos com base na imagem. Julgamos os outros com base na forma como se apresenta e roupa que veste. Isto é mais do que um facto. E, a meu ver, muito tristemente, com base neste julgamento, nem nos permitimos conhecer realmente a pessoa que se veste da maneira "x" ou "y". Por isso afirmo que a presunção é a maior inimiga do conhecimento e de novas aprendizagens e experiências. Ficamos presos como se de uma teia se tratasse e da qual não saímos pois nem nos apercebemos que lá estamos. A presunção torna-nos reféns das nossas crenças que muitas vezes podem e não correspondem mesmo à realidade.
Como não presumi saber, ao me informar sobre o tema, li algures alguém afirmar que o grande responsável pela maior parte dos problemas do mundo é o hábito da pressuposição. E é totalmente verdade. Ao presumirmos, o tal eu sei, eu sei que vai ser assim, eu sei o que vai acontecer, julgamos com base no passado, com base no que sabemos e como tal fazemos um julgamento presente e que afectará o futuro, que na maior parte das vezes é errado, pois tudo e toda a gente está em constante mutação e como é natural as coisas correm mal ou então não correm como esperado. E isso faz-nos perder tempo, pessoas, momentos, vida. Perguntar. Falar. Conversar. Questionar. As perguntas ajudam a clarificar as coisas e pensamentos. Fazer perguntas, o tal querer saber dá-nos tempo para pensar e tempo para respirar sem tomar nenhuma decisão precipitada.
Faço muito poucas ou nenhumas presunções. Acredito sempre que não sei o suficiente para presumir o que seja, mesmo que a mesma coisa já tenha acontecido 100 vezes. Como acredito que pode sempre ser diferente, não pressuponho nada. E isso leva-me a concluir que as presunções estão para a humildade como o preto está para o branco. São totalmente opostos. A humildade faz-nos evoluir e a presunção faz-nos estagnar e não sair do mesmo sítio. Deixo uma sugestão, da próxima vez que julgar saber, sobre algo ou alguém, que tal fazer uma "coisa louca" como perguntar?
Como seres ditos racionais pensamos, pensamos muito, passamos a nossa vida inteira a pensar, logo passamos, também, a vida a conjecturar sobre coisas que julgamos saber. O que pensamos saber é o que está na base de todas as presunções que fazemos. Navegamos num mundo de probabilidades e tomamos decisões com base nelas. O que sempre foi logo sempre será. A questão é que esta base de pensamento muitas das vezes está errada, ou seja, como dizia Epicteto não é possível começar a aprender aquilo que se presume saber...
Ontem, por exemplo, dia de eleições, acredito que a maior parte das pessoas que não saiu de casa para ir votar fê-lo com base na presunção de que não valia a pena, pois o seu voto não mudaria nada, logo hoje (para muitos) é dia de lamentações. E lá está, o pensamento que fez com que não existisse a acção foi assente num pressuposto errado pois se metade das pessoas que não votaram o tivessem feito certamente os resultados seriam diferentes e aí sim poderia existir uma mudança no nosso país. Outra das presunções, diria das mais frequentes, é a que fazemos com base na imagem. Julgamos os outros com base na forma como se apresenta e roupa que veste. Isto é mais do que um facto. E, a meu ver, muito tristemente, com base neste julgamento, nem nos permitimos conhecer realmente a pessoa que se veste da maneira "x" ou "y". Por isso afirmo que a presunção é a maior inimiga do conhecimento e de novas aprendizagens e experiências. Ficamos presos como se de uma teia se tratasse e da qual não saímos pois nem nos apercebemos que lá estamos. A presunção torna-nos reféns das nossas crenças que muitas vezes podem e não correspondem mesmo à realidade.
Como não presumi saber, ao me informar sobre o tema, li algures alguém afirmar que o grande responsável pela maior parte dos problemas do mundo é o hábito da pressuposição. E é totalmente verdade. Ao presumirmos, o tal eu sei, eu sei que vai ser assim, eu sei o que vai acontecer, julgamos com base no passado, com base no que sabemos e como tal fazemos um julgamento presente e que afectará o futuro, que na maior parte das vezes é errado, pois tudo e toda a gente está em constante mutação e como é natural as coisas correm mal ou então não correm como esperado. E isso faz-nos perder tempo, pessoas, momentos, vida. Perguntar. Falar. Conversar. Questionar. As perguntas ajudam a clarificar as coisas e pensamentos. Fazer perguntas, o tal querer saber dá-nos tempo para pensar e tempo para respirar sem tomar nenhuma decisão precipitada.
Faço muito poucas ou nenhumas presunções. Acredito sempre que não sei o suficiente para presumir o que seja, mesmo que a mesma coisa já tenha acontecido 100 vezes. Como acredito que pode sempre ser diferente, não pressuponho nada. E isso leva-me a concluir que as presunções estão para a humildade como o preto está para o branco. São totalmente opostos. A humildade faz-nos evoluir e a presunção faz-nos estagnar e não sair do mesmo sítio. Deixo uma sugestão, da próxima vez que julgar saber, sobre algo ou alguém, que tal fazer uma "coisa louca" como perguntar?
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