Princípio da Semana #59

Se- Conjunção subordinativa integrante; Conjunção subordinativa causal; Pronome apassivador; Índice de indeterminação do sujeito; Parte integrante do verbo; Pronome reflexivo; Pronome reflexivo recíproco; Partícula de realce ou expletiva.

Se- eu; Se- tu; Se- ele, ela; Se- nós; Se- vos; Se- eles, elas. Se- Junção de duas letrinhas apenas e no entanto, um mundo de significado(s). Não é novidade nenhuma que apesar de não o conseguirmos aceitar, nada mesmo nada nos é garantido e por isso nunca sabemos o que vai acontecer, por isso faz parte da nossa condição vivermos sempre na e com a dúvida. É muito normal e recorrente pensarmos se teremos feito o certo. Se tomamos o caminho certo, se escolhemos o curso certo, a profissão certa, a pessoa certa, a vida certa. As perguntas "Será que era mesmo isto?" "Será que fiz bem?", "Será que não poderia ter feito de outra forma?" são uma constante dúvida que paira nas nossas cabeças. Logo o "Se" está e estará sempre presente.

Considero que existem dois tipos de Se's. Os doces e os (por vezes muito) amargos. Os Se´s doces são aqueles que são resultado de uma decisão que nos prova todos os dias a toda a hora que tomamos a decisão certa em escolher determinado caminho, pessoa, etc. em detrimento de outro, outra. Os Se's mais amargos são aqueles em que tomamos a decisão corremos o risco e sentimos que falhamos. Estes últimos tiram-nos a força. Os riscos que corremos e cujos resultados não correm como esperado fazem-nos perder a fé. Parar de acreditar. Tendem a fazer ligação directa com uma das palavras que menos gosto no dicionário português- desistir. A questão é que este desistir quando se trata de algo ou de alguém que queremos muito nunca pode ser opção, por isso, temos que ser resilientes e encarar estes se's menos doces um desafio, uma superação, um degrau (que muitas vezes nos pode parecer superior ao alcance da nossa perna), mas que certamente está, porque caso contrário não seria o próximo que temos para subir.

Viver é por si só um risco e também correr riscos. É perigoso? Sim, é! Mas não podemos deixar que nossos medos nos impeçam de enfrentar os perigos que precisamos e temos de enfrentar (que muitas vezes nem são assim tantos ou tão perigosos quanto nos possam parecer). Como não temos a capacidade de ver para além das nossas escolhas, vivemos na incerteza. E esta é a dura realidade que todos temos de aceitar, um dia, e isso não tem que ser necessariamente mau. Tudo depende sempre da maneira como olhamos para as coisas. Uma coisa acredito- "Correr riscos é melhor do que passar o resto da vida arrependido por não ter tentado". E não há nenhum caminho que não possa ser experimentado. Tudo depende de nós e de pensarmos que realmente conseguimos TUDO. E se temos algo de muito forte porque lutar o pensamento que temos de ter é:

E se continuarmos a tentar? E se tentarmos as vezes que forem necessárias?

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