Primeiros
encontros II
Ainda na senda da conversa sobre os primeiros encontros,
tenho pensado muito em como estes, no final, não são mais do que pequenos
castings, entrevistas de seleção, em que passamos ou não passamos. Como estes
estão recheados de pequenos testes (uns conscientes outros inconscientes) que
fazemos. Sim, fazemos, todos, homens e mulheres. Não vamos ser ingénuos nem
cínicos, combinado?!
Afinal de contas, o tempo urge, e acredito que, muitas
vezes, e com a experiência, rapidamente se consegue ver “ok, este pode ser o
pai dos meus filhos”. Como é óbvio, o lugar a que se alguém se propõe ou para o
qual estamos a recrutar pode não ser esse; e, claro, dependendo da
entrevistadora, as respostas certas aos testes podem variar: “ele ofereceu-se
para me vir buscar?”; “ele escolheu o restaurante?”; “ele pagou o jantar?”;
“como é que ele reagiu quando disse que queria dividir a conta?”; “como é que
ele tratou o empregado?”; “qual o interesse que demonstrou em conhecer a minha
pessoa?”; “quando me deixou em casa, esperou que entrasse no prédio?”; “tentou
beijar-me?”; “quão sexual foi a conversa?”; “quão nervoso estava?”… E, se de
repente, em vez de convite para jantar, a proposta for ir ver um jogo de
basquetebol ou andar de bicicleta?
Novamente, não há respostas certas (esta é a dificuldade
deste “jogo”). E como seres racionais que somos, podemos tentar controlar todo
o momento, ser rigorosas no escrutínio, ou aliviar a tensão e deixar a coisa
fluir… dependerá de cada uma, mas no final, as respostas aos testes estão lá,
para análise. E depois? Tem direito a segunda entrevista? Ou ficamos por aqui?
Pensem nisto.
E adorava que partilhassem os testes que vocês fazem. E se
têm “perguntas” eliminatórias. Homens e mulheres…
Obrigada por lerem.
Imagem © Direitos reservados
0 comments:
Enviar um comentário