e·qui·lí·bri·o- Estado de um corpo que se mantém, ainda que solicitado ou impelido por forças opostas; Proporção harmoniosa entre as partes constituintes; Igualdade; Boa inteligência; Harmonia; Bom senso; Sensatez; Moderação; Comedimento; Domínio de si mesmo.
É a minha palavra para 2015.
Parece tão simples, tão fácil de definir, no entanto tão difícil de alcançar. Não existe uma regra, uma fórmula mágica para lá chegarmos, é um facto que não, não existe. Esta regra, ou conjunto de regras, tem forçosamente de ser criada por nós, à medida que vamos vivendo e sendo ou não pessoas felizes e mais ou menos realizadas.
Ter equilíbrio é acima de tudo ter clareza e domínio sobre nós e sobre as nossas emoções sabendo lidar com elas. Ter equilíbrio é sabermos sair de situações problemáticas da melhor forma possível. Ter equilíbrio é saber e sobretudo conseguir lidar com (todas as) adversidades que nos vão surgindo (mesmo muitas vezes nos parecendo elas imparáveis e surgindo em catadupa).
Ter equilíbrio, esse estado quase metafísico, é transversal e é absolutamente necessário em todas as áreas da nossa vida. Ter equilíbrio é-nos, mais cedo ou mais tarde, exigido pela própria vida.
O desiquilíbrio, esse estado inverso e em que muitas vezes vivemos, acontece quando tropeçamos em experiências em que perdemos o controlo sobre nós, o que nos faz tropeçar logo noutra a seguir e noutra e noutra, parecendo um processo que nunca mais vai acabar. Acredito que quanto mais emocionais somos mais fácil isto é de acontecer. A chave que nos permite encontrar este, e vou-lhe chamar, alinhamento está sempre dentro de nós. E a mesma só pode ser encontrada se praticarmos o auto-conhecimento.
Ao olharmos para o nosso interior, sabemos o que significa para cada um de nós ter equilíbrio. Temos é que aprender a saber olhar e estarmos dispostos a querer mudar o que for necessário. Se transportamos raiva, mágoas, desgostos, ou qualquer tipo de sentimento negativo, tornamos a nossa vida, a nossa existência, a nossa alma pesada. Há pensamentos, desejos e acções que estão sujeitos ao nosso controlo e que devemos descobrir em nós de forma a mantermos este alinhamento interior. É na vida interna que começamos a ganhar autocontrolo e que alcançamos o nosso equilíbrio. E, ao mínimo sinal de extremo desiquilíbrio, apertem o botão de pausa. Respirem fundo e deixem o vosso eu falar. Façam-no as vezes que forem precisas, (ahhh e vale (e devem) até suspirar!).
"Existem equilíbrios que não podemos efectuar ou sequer imaginar, mas que acontecem quando o amor nos leva um passo além do medo. A razão pela qual o amor afasta medo é que o amor cria um sentimento de segurança e esta leva-nos ao (nosso) equilíbrio".
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