Princípio da Semana #14

es·co·lher- Fazer escolha de; Preferir; Estremar; Selecionar; Separar; Marcar; Adoptar, Eleger; Optar. 

A vida é feita de escolhas, verdade indubitável. A todos os 86 400 segundos que compõem um dia fazemos escolhas, desde a hora a que vamos acordar, a quantidade de manteiga que colocamos nas torradas, se vamos correr (ou ao ginásio) ou não, que roupa vamos vestir, se vamos fazer aquele telefonema, enviar aquela mensagem (a tradicional, via whatsapp ou viber) a "alguém", ou não, com quem vamos almoçar, se é hoje que vamos comprar ou não "aquela" peça de roupa que vimos no outro dia, tudo isto por mais simples e automático que nos possa parecer são escolhas.

Toda a nossa história, toda a nossa vida é composta por um somatório de um sem número de escolhas e decisões. Ter a capacidade de escolher é uma das mais importantes ferramentas que possuímos na vida. Sem ela seríamos constantemente arrastados para lá e para cá e estaríamos à mercê da vontade dos outros.  

Fazer escolhas implica renunciar a alguns desejos para viabilizar outros, são opções que devem ser conscientes. Trocamos segurança por desafio, dinheiro por satisfação, o certo pela dúvida ou vice-versa. Acredito que quase todas as pessoas passam ao longo de sua trajectória pelo “momento do grito", como costumo chamar. Seja esta escolha no campo profissional, amoroso ou pessoal, ou até em todos ao mesmo. É um momento especial, único, difícil e doloroso também em que uma decisão específica e irrevogável tem que ser tomada pois há um caminho que tem que ser forçosamente escolhido. Algumas pessoas passam por isso aos 20 e pouco, outras aos 30, 40 ou até mais tarde. Há aqui dois aspectos muito importantes a ter em conta: Ter conhecimento do nosso nível de consciência em relação às opções em causa e acima de tudo o que vamos sentir, quais as consequências da escolha em si, pois toda a escolha acarreta consequências. E aqui é onde normalmente existe o "problema", pois é nesta fase que entram todos os nossos medos. O medo de errar, de escolher o caminho errado, no fundo o de escolher mal e ter de viver com as consequências desse erro- Essencialmente o medo de não poder voltar atrás e viver com os "e se's". Temos livre-arbítrio para escolher somos porém prisioneiros das consequências.

Muitas vezes também nos perdemos de nós mesmos quando damos demasiada atenção à opinião dos outros. Todos em algum momento das nossas vidas ja sofremos algum tipo de pressão (maior ou menor) para sermos o que era esperado de nós. No entanto, chega um momento (o do "grito") em que precisamos VER e aceitar que por mais que nos esforcemos, nunca agradaremos a todas as pessoas que nos rodeiam. Nunca! Aceitar isso liberta-nos para sermos simplesmente quem somos, para fazer as nossas escolhas mesmo que não agradem a quem está à nossa volta. Claro que esta libertação não é fácil, o segredo está em aceitarmos e vivermos em paz com o facto de que erraremos algumas vezes (talvez muitas!) ao longo da vida e isso é normal e nunca deve diminuir a nossa força interior, pelo contrário! Viver é também errar e com isso aprender e crescer.

"Não posso escolher como me sinto, mas posso escolher o que fazer a respeito"- W. Shakespeare

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